quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

De Larissa para seus netos

Caminhando pelo centro de Buenos Aires, eu e Lari. De repente ela joga um chiclete no chao.
- Para os meus netos. Espero que eles visitem Buenos Aires.
(Cara de paisagem)
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Tem coisas... que só a Larissa faz por você.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Comunicação perfecta

Na avenida Callao, com Lari, Lívia e Pablito.
- Meninas! Esquecemos de fazer o brigadeiro para o Pablito!
- ¿Brigadero?
- Si, Pablito. El brigadeiro, ¿te acuerdas?
- ¿Pero por que?
- Porque si... Aquel dulce que lo dije... es brasileño...
- Ah, si... pensé que querias brigar conmigo.
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Percebe-se que estamos tendo uma comunicación perfecta, ¿no?

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Un regallo para ti

Hoje fomos eu, Lari e Lívia conhecer o Palermo, um bairro portenho. Antes é preciso contar que Buenos Aires morre no Natal. Nada abre, até comida foi difícil de encontrar. Pero, mis amigos, encontramos um taxista gente boa que nos disse que o Palermo teria lojas e barzinhos abertos. E fomos para lá.
É, até tinham lojas - poucas! - abertas. E, nas poucas que entramos, vi muito que tinha certeza que você ia gostar. Queria levar toda a Buenos Aires de presente, mas sei que você nao poderia receber nenhum. Entao meu presente é subjetivo. Muito mais subjetivo.
É contar, aqui, o quanto tenho sentido sua falta. O quanto queria, mesmo, ter você para mim. O quanto seu sorriso, seu jeitinho doce, suas maos e sua boca sempre me vem a mente. E o quanto espero que saiam da minha cabeca e te tragam aqui, comigo.
Espero que seja muito feliz. Sempre. Com ou sem mim.
Feliz cumpleaños.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Em menos de uma hora...

... embarco para a cidade mais europeia da América Latina. E, sim, aquele frio na barriga só fez aumentar. Àqueles com quem não vou poder falar, feliz natal. Feliz ano novo, feliz tudo. Sempre.
Àqueles com quem eu queria muito falar mas por motivos óbvios não vou poder, feliz aniversário, também. Que seja muito feliz, sempre.
Vou atualizando, sempre que der.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Contagem regressiva

Dez dias para a virada do ano, quatro para o Natal - o mesmo número para meus 24 anos -, dois para embarcar para a Argentina e menos de seis horas para ir para Foz. Gelo na barriga, borboleta no estômago, arrepio na espinha.
Duas semanas num país desconhecido, na cidade mais europeia da América Latina. Oportunidade única, incrível. Vontade infindável de que chegue logo e de que possa ser muito mais fantástico que imagino.
É a primeira vez, na minha vida, que passo meu aniversário longe da minha família, seja qual for os lados. Mesmo assim, não estou triste. E sei que, lá, tudo vai dar certo. Tudo vai ser lindo, cor de rosa. E que o Pablito nos aguente!
Estamos chegando!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ciumeira

Ciúme: s. m. 1. Receio ou despeito de certos afetos alheios não serem exclusivamente para nós.

Desde que me entendo por gente fujo dessa paranoia. "Ciúmes, eu, imagina!" Até que, com a sabedoria que chega com a idade (falou a profeta!), comecei a admitir. "Não, eu só tenho ciúmes da minha mãe e da minha irmã". Mais tarde, mais confissões: "Tá certo, também morro de ciúmes do meu pai e dos meus irmãos. Mas só deles, da minha mãe e minha irmã. Ninguém mais."
Aí, certo dia, me deparo sentindo uma pontinha de alguma coisa não identificada dentro de mim quando uma amiga me diz, quando a convido para algo, que não pode porque já havia marcado um compromisso com outra amiga. Tiro certo: ciúmes!
E, sim, hoje eu sei que sinto, também, ciúmes dos meus namorados, ficantes e, inclusive, paqueras. E também admito, com pesar, que o ciúmes é, muitas vezes, infinitamente maior que eu. Mas eu me controlo, sempre que possível. Mantenho a pose e sigo em frente.
Entretanto, entenda. Você é minha parceira de tudo. São 6 anos juntas e a maior parte do que consegui, depois da faculdade, devo a você. É claro que não é a única das minhas amigas de quem tenho ciúmes, mas, mais claro ainda é que, aqui, é a pessoa que eu sei que posso contar. Minha família, meu porto seguro. Meu amparo.
E, de todas as minhas amigas, é a única que já visitou a minha família nômade. É a única que tem coragem - ou seja lá que nome tenha isso - de enfrentar desventuras comigo - como a que vamos iniciar na próxima semana.
Quando sei que não vai ser só a gente, como da última vez, que vou ter que dividir você, a minha amiga, com alguém que eu nem conheço direito e que, mesmo assim, tenho as minhas diferenças (enormes, por sinal!) e, ainda por cima, se sente tão amiga do nosso amigo quanto nós mesmas... sinto muito, mas é inevitável. E, bingo!, ciúmes, de novo.
Prometo, querida, que vou tentar me controlar. Prometo que vou fazer o possível. Mas entenda: eu não sou de ferro e a ideia de você 'vazar' caso eu tenha um ataque de bobeira me dá desespero. Não faz isso não, trem!

Obs. Faltam 6 dias!!!
Obs2. É muito, mas muuuuuuuuito mesmo, difícil admitir isso!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ossos do ofício

Segunda-feira, depois do fechamento, eu e Larissa, minha amiga de muitas jornadas, acompanhamos uma ação do Centro de Referência em Assistência Social (Creas) em uma campanha que estão iniciando, contra a exploração sexual e a situação de rua.
Vamos a um posto desses que lotam de garotas - e garotos - de programa, na expectativa de entrevistar alguém que já está há tempos no ramo. Conversamos com duas mulheres, uma de 46 e outra de 50. Ao final da conversa, paramos ao lado de Tião, agente do Creas. Conversávamos quando, de repente, um carro para na esquina. Olhamos, assustadas. Dentro do carro, um homem chama por nós. Nos entreolhamos e pedimos que Tião vá falar com ele. De acordo com ele, o diálogo foi mais ou menos assim:
- Você conhece as duas?
- Não, elas não são como as outras mulheres daqui?
- Não, rapaz. Elas só estão trabalhando!
...
Bom que o Tião ajuda!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dona Flor pós moderna

Não sou casada, sequer tenho namorado. Mas tenho uma capacidade enorme de me apaixonar, diariamente. É assim desde que me entendo por gente. Talvez pela necessidade extrema de atenção que tenho, talvez pela carência incessante que me persegue.
Eu viveria, talvez não tão tranquilamente, mas feliz, se pudesse ter a sorte de Dona Flor. Mas queria um número maior, dois não me parece suficiente. Mesmo porque, como já disse, me apaixono várias vezes todos os dias. Às vezes, o dia todo. E, não raro, me desapaixono, também.
Acho as pessoas tão incríveis, tão fascinantes. Cada qual é apaixonante, ao seu modo. Principalmente quando não se sabe direito, não se conhece a fundo. Porque as pessoas podem ser horríveis, também. Frustrantes. Entediantes. E assim, me desencanto.
Gosto quando, por vezes, as paixões duram. E me faz falta tornarem-se amor. Porque, quando estão a caminho, no rumo certo... se tornam horríveis, frustrantes, entediantes, para a minha (in)felicidade. Aí resolvo me apaixonar de novo. E de novo. E de novo.
E assim sigo. Feliz. Ou não. Mas sigo.