terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Novos caminhos

Não passou a noite anterior acordada, de tão ansiosa, como antes. Tampouco preocupou-se em ver, com antecedência, como faria para estar lá, mesmo longe e com hora marcada. O passo, já firme, entretanto, tremeu ao entrar na sala. Cheia, de tantos rostos desconhecidos e completamente sem marcas. O tempo não passara por ali. Olhou para suas unhas que, sem perceber, tinham sido pintadas de um rosinha que talvez tentasse enganar àqueles que não conhecia. Até mesmo a flor, infantil, em uma das unhas tentava lhe dar menos anos que os que tinha passado. Mas não era consciente, era quase irracional. Caminhou até o fundo e se sentou, próxima à parede. Pegou o caderno rosa com um gatinho na capa, mais uma tentativa insensata de tentar fazer parte, talvez. Olhou atenciosamente à mestra na frente e se deliciou com cada momento da aula que se seguia. É, era caloura novamente...