segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Imparcial


A gente aprende, na faculdade, a sempre buscar a isenção quando vamos atrás da notícia. Alguns sonhadores ainda acreditam na imparcialidade.
Hoje fui cobrir a confraternização de Natal das crianças que sofreram algum tipo de violência. Tinha até uma menininha de, no máximo, 2 anos.
Como ser imparcial numa hora dessas?

sábado, 28 de novembro de 2009

Eu queria...

Poder te abraçar.
Te beijar, de bobeira.
Exibir você.
Desfilar de mãos dadas.
Ter você. Pra mim.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Conversa de bar

Duas amigas, um bar. Saudades de muitos anos. Fofocas infindáveis.
- Menina! Deixa eu contar! ‘Tô’ pegando um cara lindo. Daí esses dias ele foi me levar em casa na hora do almoço, as coisas foram esquentando, mão naquilo, aquilo na mão... Foi! No carro mesmo! Só que eu tava ‘naqueles’ dias. Geeeeeeeente! A camisa dele manchou, a cueca dele foi praticamente lavada! Você não tem ideia. Fiquei morreeeeendo de vergonha, não sabia o que fazer!
- Sério?! E aí?
- E aí que ele tinha que ir trabalhar, né. A gente deu um jeito na camisa, que manchou um pouquinho e deu pra enganar. Mas a cueca não tinha jeito. Teve que deixar lá em casa. Coloquei na máquina, no varal, mas não deu pra ele usar à tarde. No finalzinho do dia, recebo uma ligação. “Oi, posso passar aí? ‘Tá’ tudo assado, preciso urgente da minha cueca”. Nem preciso dizer que tive colapsos de risos, né?!
- Ah, querida! Isso que você não sabe o que aconteceu comigo!
- Não pode ter sido pior!
- Foi sim! Deixa eu contar. Também já tive dessas, de resolver não ligar que estou 'naqueles' dias e deixar rolar mesmo assim. Traumatizante! Imagine, ele mora com a mãe, que é suuuuuuper tradicionalista e acha que o filhinho dela não faz essas coisas. E ele me chega em casa com a cueca manchada!
- E aí?!
- Aí que, no desespero, pra ela não ver nada, ele lavou a cueca no box.
- Tá, mas no que é pior que a minha história?!
- O pior é que, como ela não podia ver, ele colocou a cueca dentro de um tênis! Não duvido nada que esteja lá até hoje!!!
...
Frequentar alguns lugares sozinho tem suas vantagens. A gente ouve de tudo!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Premonição

Terça-feira, 10 de novembro
Depois de assistir sobre o apagão que assustou o Brasil nessa semana, no Jornal da Globo, resolvo ir dormir. Entro no meu quarto e, sem querer, acordo minha colega, que já dormia há tempos.
- Cíntia, deu algum problema na distribuição de energia da Itaipu, o Brasil quase inteiro está sem luz!
- Sério?!
Virou para o lado e dormiu.


Quarta-feira, 11 de novembro
A Cíntia chega do estágio mais cedo, a tempo de assistir aos noticiários do meio dia. O apagão é o pop do momento e, depois de ligar a TV, ela vai para o quarto pegar alguma coisa. Eis que ouve, na TV, algo sobre o apagão que desligou parte do Brasil. Corre para a sala.
Atônita, olha incrédula para a TV.
Quando acordou, pela manhã, Cíntia não se lembrava que eu a havia acordado, na noite anterior, e contado sobre o caos que tinha acontecido. Ao ouvir sobre o apagão, alguma coisa na memória dela disse: 'opa!, já ouvi algo a respeito'. Mas ela não se lembrava.
Assim, Cíntia assistiu, todo o jornal com uma certeza nítida:
-Gente, eu tive uma premonição!
Mais tarde, quando chego do trabalho, ela vem me perguntar se eu tinha dito alguma coisa sobre o assunto na noite anterior. Quando respondo que sim, ela faz uma expressão inconformada, triste mesmo.
-E eu achando que tinha poderes divinos...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Caixinha de surpresas

- Você é mesmo uma caixinha de surpresas.
- E isso é bom ou ruim?
- Por enquanto tem sido só supresas boas.

Ledo engano. No mesmo dia, instantes depois deste diálogo, a constatação do quanto alguém pode ser, no mínimo, idiota. Do quanto uma pessoa, pelo simples e puro fato de querer mais do que pode, consegue quebrar a magia do momento. Consegue transformar o mais lindo dos sorrisos em 'gelo no estômago'.
Mas não é assim que era para ser. Era para causar um pouco de ciúmes, sei lá. Era para se sentir tão importante quanto o outro é. Era para poder dizer que tem pelo menos um pouquinho daquilo que sabe que não lhe pertence. Mas que queria, como queria.
Nem toda surpresa é boa. Ainda mais se depende de humanos, falhos quase sempre. Entretanto, é preciso aprender a transformar a angústia em aprendizado. E saber fazer permanecer o sorriso. Aquele que se gosta tanto, que conforta, que alivia.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Anos modernos

Antes, a ânsia era pela chegada das longas, românticas e super demoradas cartas. Estas foram substituídas pelas ligações, mais presentes, mais atuais, mais reais e muito mais caras. Agora, nesse instante, fico olhando para a barra de ferramentas no monitor, torcendo para uma janelinha laranja abrir com um simples oi. Evoluímos?!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009