Foto: Irineu Ricardo |
É tão rápida a incidência da luz ao atravessar nossa retina
que sequer percebemos que é tal fato que nos permite maravilhar as belezas que
encontramos. A física explica, mas é tão natural amar o verde, o azul, o
amarelo, tantas cores!, que nem nos damos conta de que elas, na verdade, não
estão ali. Apenas refletem aquela que o objeto em si não pode absorver.
Certamente, de todas as belezas, a luz é a maior. É ela que
nos permite conhecer as formas, as nuances, os caminhos. É por ela que oramos quando
não encontramos uma resposta. É com ela que a nova vida chega.
Quando você abre a janela e deixa a luz entrar, sente o
calor que irradia dentro do seu corpo, parte a parte. E entende que é graças à
luz que enxergamos a vida. E nossas crianças, nossas cidades, nossos amores. É
a luz que registra, ao se deixar desenhar pelas lentes de olhares atentos, os
momentos mais felizes que passamos. Os mais marcantes. E, porventura, os mais
tristes também.
E o mais incrível, perceberão os corações mais intensos, é
que a luz está aí, em toda parte. Dentro de cada um de nós. Porque, no final,
tudo é luz.
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O texto e a foto fazem parte do livro "Campo Mourão em Olhares e Versos", organizado por Lucas Mantuan e Jenifer Yasoyama e com correção da Gracieli Polak. A ideia era escrever um texto a partir de fotos de fotógrafos da cidade. O meu texto foi complementando as fotos do Irineu, mas escolhi esta para este post.