quarta-feira, 29 de julho de 2009

Lendo as entrelinhas (e precisa?!)

- Paula, o que você fez no seu cabelo?
- Lavei...
- Ah, não foi isso não. Quando você lava fica tão bonito...
(O.o)

...

- De que signo você é?
- Capricórnio.
- Nossa, você é bem mais capricorniana que a Lari!
- Ai, eu acho a Lari tão mais capricorniana...
- É nada! Capricorniano é muito chato!!!
(O.o)(O.o)

...

- Alguém quer um gole de água?!
- Eu quero!
- Peraí então que eu vou cuspir aqui dentro.
- Isso, cospe mesmo porque eu vou mandar pro Butantã.
(O.o)(O.o)(O.o)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

'Eu não fiz esse troço aí!'

Acordo na terça-feira, depois de um estressante dia. Mesmo tendo que trabalhar, só consigo levantar por causa do comum aperto matinal que sinto na bexiga. Meio dormindo, vou me arrastando até o banheiro...
Quando chego no vaso, um susto. "Epa... eu não fiz esse troço aí", penso, comigo mesma. Fico assustada com a possibilidade de alguém ter entrado em casa durante a noite... Confiro os vários cômodos da quitinete úmida e escura em que moro e, realmente, apenas eu estava ali, já que a Jane, minha companheira de casa, está de férias. Volto ao banheiro, assustada com o troço que boia no vaso. Paro para uma análise mais aprofundada e percebo que uma longa cauda se estende sob o troço.
Sim. Um rato suicida quis nadar na madrugada gelada. Otário.

ps. O pior é que a dona da minha casa, que foi quem tirou o troço lá de dentro, porque eu é que não ia mexer naquilo, ainda disse para a filha dela que eu tinha abortado o 'fofinho'. Mereço?!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Lembranças (dos outros)

No ônibus, em viagem, ouvindo a conversa alheia.
- Ai, eu lembro quando o papai me levava para Cascavel com ele. Eu adorava. Lembro que tinha uma mulher, como a aeromoça de avião, que ficava dentro do ônibus vendendo salgadinho. Era tão bom.
- É, devia mesmo ser.
- O ruim é quando era pinga-pinga... até galinha entrava no ônibus, aos montes. Isso não era legal.
- É, imagino mesmo.

terça-feira, 14 de julho de 2009

A respeito de Marte (e Vênus, também...)

Marte é independente. Vênus sempre esteve atrás dela. 10 anos. 10 anos. 10 anos!!! E Marte resolveu, enfim, ceder. Foi visitar Vênus. E Vênus, feliz, recebeu Marte em sua casa. Entretando, depois que foi embora, nunca mais Marte viu Vênus. Porque Marte é independente. Ou era independente...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sobre coragem...

Amo viajar. Sempre gostei. Gosto da perspectiva de mudança, de gente nova, coisas novas, ares novos. E não gosto de ficar quieta. A não ser num dia chuvoso, como hoje, que eu nem queria ter saído da cama. Mas realmente não gosto de mesmice. Talvez por isso eu seja tão instável com relacionamentos. Só que a questão não é essa.
A questão é que eu queria percorrer o mundo. A pé, de bicicleta, de van, de kombi, não importa. Queria ser sem endereço, saber de tudo um pouco e nada tão profundamente. Mas não tenho coragem. O medo me mantém parada, estagnada, esperando o dia de amanhã que não chega nunca. E quando vejo a Bruna, minha amiga, juntando dinheiro para ir para o Canadá para juntar dinheiro para ir para a África, confesso que me dá inveja. Da coragem dela. Do desprendimento que essa menina tem e eu, também, sempre quis ter. E que, seja pela minha família ou pela estabilidade financeira que busco, infelizmente não consigo.
É, ninguém pode ter tudo...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pra quem não sabe o que é ruído na comunicação (ou falta de educação, mesmo)...

Uma amiga vem pra Campo Mourão só porque sabe que eu estou morando aqui, mas, como não conseguimos nos encontrar, fica na casa do vizinho dela, lá de Guarapuava que, na verdade, também é daqui. Preciso falar com ela e procuro o número que ela havia me ligado nas chamadas recebidas. Entretanto, havia vários números sem registro na minha agenda. Enquanto caminho sozinha pelo centro à noite, morrendo de medo de qualquer barulho, pego um deles e ligo:
- Alô.
- Oi, quem está falando?
- Você quer falar com quem?
- Eeeer... (não me vem à cabeça o nome do amigo dela) a Bruna está aí?
- Ah, a Bruna não está. Ela está doente e não veio trabalhar hoje.
Pra mim, isso soou muito irônico e grosseiro.
- Nooooooooooossa, seu grosso! Então eu liguei errado, ô fdp!
E desligo. Continuo meu caminho irritadíssima com o cara do outro lado da linha, que não tinha percebido minha real intenção de falar com alguém e me dando uma resposta grosseira a um 'suposto' trote. "Imagine! Devia ter perguntado quem estava no lugar dela agora a noite, a mãe dele ou a irmã!" Revoltadíssima! Coisas que só quem tem tpm e estresse com chefe pode entender.
...
Meu celular toca.O mesmo número que havia ligado.
- Oi.
- Paula, você ligou aqui?
- Ai, Bruna, que cara grosso, meu! Que raiva!
- Ué, como assim?
- Não, Bru, não fui eu quem ligou.
- Não?
- Não.
- Ah, é que ligaram aqui atrás de uma Bruna e a babá do bebê também se chama Bruna e não veio hoje, daí não sabia se era Bruna eu ou ela.
Caio na gargalhada. Gente, como pude ser tão grossa? Que idiota, como não percebi que não era nada demais?
- Ai, Bruna, fui eu que liguei, mas não fui. Você não sabe quem foi, tá?!
...
Que vergonha!