terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A gente

A gente não escolhe gostar, a gente gosta e ponto. Era bem mais fácil gostar de alguém que a gente sabe que gosta da gente. Sem dúvida, a primeira opção. Todo mundo gosta de ser primeira opção. Mas a gente parece que gosta de sofrer, não sei. Gosta de viver de dúvidas, cheio de incertezas. A gente gosta da conquista, muito mais que do gostar, mesmo. A gente tinha que mudar. Porque assim, a gente sofre. Muito.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Choque de realidade

Duas mãos entrelaçadas e o mundo desabado. Quando não se vê, o sofrimento é menor. As dúvidas, o medo, tudo é menor. A realidade nem sempre é o que se espera. Geralmente é cruel. Mas é o que temos. É o que precisamos. Dói, mas é real.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Descobri que não posso ter filhos

Não, não fiz nenhum exame. Descobri isso há alguns minutos. Meu primo de 14 anos está passando a semana na minha casa. Almoçamos e deixei-o na esquina de cima da minha casa. "Você acha que consegue abrir o portão, Luquinhas? Tranca a porta, direitinho, e me dá um toque quando entrar em casa, tudo bem?". E vim para o trabalho. E nada do toque. E nada do toque. E nada do toque. E começou a chuviscar. "E se ele não conseguiu abrir a porcaria do portão, que vive emperrando? E se ele está na chuva? E se alguém pegar ele?".
Começou a me dar palpitações. "Vou para o jornal ou volto para casa?". Suei frio. "Acho melhor ligar para ele". Caixa de mensagens. "Droga. Porcaria de celular, de que adianta eu colocar créditos se nem ligado ele está?". Decidi que era melhor ficar calma. Se até chegar ao jornal ele não tivesse ligado, pediria para alguém ir, de carro, comigo, até em casa. "Falta só meia quadra... ai, Luquinhas, cadê o toqueee?". Olhei no celular, vai que havia tocado e eu nem tinha visto. Nada. Coloquei no bolso, mais fácil de perceber. Nada. Quase na porta do jornal, com o coração na mão, resolvi olhar de novo. Uma chamada não atendida. Olhei, número do Lucas. Alívio. Muito alívio. Alívio mesmo. Ufa. Ele está bem. Meu bebê (?!) está bem. Isso que nem é meu bebê, mesmo... Imagine quando tiver um!