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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Elementar, meu caro...

Meu pai é gaúcho. Colorado e bom assador, como diz a placa que lhe demos, eu e meus irmãos, no Natal. E eis que conheço um rapaz, também gaúcho. Porém gremista. Quando as coisas começaram a ficar mais sérias, pensei diversas vezes em como contaria ao meu pai. "Pai, tenho uma notícia, mas ela pode ser boa ou ruim", pensava. Pois bem, comecei a namorar. Antes que meu pai descobrisse pelas redes sociais, decidi lhe contar. Via SMS.
"Paizinho, estou namorando. É um gaúcho."
Minutos depois, a resposta. Também por SMS.
"Que legal, filha! Fico feliz. Obs. Mas ele não é gremista, né?!"
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Obviedades. O mundo está cheio delas!

domingo, 9 de agosto de 2009

Então é dia dos pais...

Desde pequena eu aprendi a dar valor à família. A minha sempre foi muito unida, apesar das brigas, e sei que é a melhor que eu poderia ter. A melhor do mundo, inclusive. Depois veio a separação e, ao invés de uma, eu tinha duas - ótimas - famílias. Só que, por muito tempo, eu não conseguia ver isso.
Quando a gente é criança a gente acha que vê as coisas por inteiro. Mas não vê. A visão da criança - e do adulto, também - é unilateral. Só que, quando crescemos, a gente percebe isso. A gente começa a entender porque a moeda tem dois lados e que toda história tem pelo menos três verdades. Como dizia meu orientador, o paizão-professor Ariel. E, por motivos alheios a vontade de muita gente, inclusive a minha própria, eu achava que uma família era melhor que a outra.
Hoje me arrependo de muita coisa que eu fiz. E agradeço a Deus, todos os dias, pelo pai e mãe compreensivos que tenho. Pela família maravilhosa que me deu e, sim, por ela ter defeitos também. Porque a minha família não tem que ficar mantendo aparências, é autêntica como é.
Ontem tive uma conversa com meu pai. Intensa, verdadeira. Sempre que temos conversas como essa eu penso em escrever algo, e sempre fico adiando porque acho quenão vou conseguir passar o real sentido do que quero. Dessa vez, entretanto, resolvi tentar.
Porque, às vezes, acho que, pelas bobeiras que fiz quando era mais nova, acreditando em uma verdade unilateral, o meu pai não tem ideia do tamanho do meu amor. Do quanto me esforço, todos os dias, para ser o orgulho dele e da minha mãe. O quanto ele é importante na minha vida e, diferente do que ele brinca, muitas vezes, essa importância não é financeira. Do quanto eu sei que foi dolorido para ele apoiar minha ida à Bahia e, mesmo assim, ele me deu a maior força do mundo. Do quanto eu amo o colo dele dos poucos dias que passamos juntos. Do quanto me dói a ideia da distância e do quanto eu queria estar junto dele todos os dias.
E esse texto, que ele não vai ler, é para que ele saiba que eu tenho, sim, o melhor pai do mundo. E que não apenas hoje, mas sempre, ele tenha um dia especial. E que o amo, sempre, incondicionalmente.