Porque eram motivo de piada, riam dos outros. Das suas dificuldades, suas incapacidades, seus devaneios.
Porque conheciam bem o preconceito, julgavam os díspares. Os promíscuos, os dislexos, os evangélicos.
Porque não sabiam o que falar, falavam da vida alheia. Da vizinha, da amiga, da própria família.
Porque viviam no inferno, acreditavam que o céu não existia. Nem os santos, nem os anjos, nem a luz.
Porque eram porcos chovinistas, não aceitavam outras espécies. Outras ideias, outras ideologias, outras crenças.
Porque faziam de conta que amavam a todos, a casa sempre estava cheia. De novos amigos, de novos conhecidos, de novos pretendentes.
Porque pouco valiam, passaram por essa vida sem fazer muita diferença. Para mim, para ela, para ele.
Eita pau, terminou ácido.
ResponderExcluirPaula, acho que a expressão é "porco chauvinista"
=)
Beijo
Tati, eu procurei na internet, antes... o original é assim, mas se usa chovinista tb... ;) valeeeu!
ResponderExcluirExistem mesmo esses que passam pela vida dessa forma. Triste. Para eles. Deixa que digam, que pensem, que falem. O mundo é bem maior que alguns umbigos. Adoro quando você despeja as coisas assim, em palavras. Linda.
ResponderExcluirUai... faço minhas as palavras do Pedro...
ResponderExcluir=D