domingo, 11 de julho de 2010

Minha irmã caiu do telhado.

Aconteceu nessa semana. Tomamos um susto, ela passou o dia todo no hospital. Ainda bem, nada demais aconteceu. E comecei a pensar no assunto.
Desde criança minha irmã ama os céus. Sempre quis voar.
Lembro de nós duas no chão da sala de casa, em Foz. Eu, sentada no chão, desenhava. Ela estava em pé no braço do sofá, escondida atrás da cortina.
- Paulaaaaa.
Quando eu olhava, ela se enrolava na cortina. Eu voltava para o meu desenho e ela tornava a me chamar. Olhava. Ela se enrolava na cortina. Isso diversas vezes. Até que o inevitável (e você conhecesse a Maya saberia que era realmente inevitável!) aconteceu: ela caiu de cara no chão. Começou a sangrar.
- Mãããããããe! - gritei, desesperada - a Maya caiu.
Nada. A Maya cair era tão normal que minha mãe sequer saiu de onde estava.
- Mãããããããe! A Maya 'tá' sangrando.
Correria. Um pano para estancar, a Maya no colo, em direção à garagem.
- Cuida da Paula - avisou à empregada -, preciso levar a Mayinha ao médico.
Lembro claramente da minha mãe ao volante, com a Maya no colo, a mão num pano, outrora branco, que tentava estancar a rachadura na testa. Alguns pontos a mais no histórico da minha irmã.
Outra vez estávamos na casa da minha tia, em Florianópolis. Eu saía do banho, o chão estava um pouco molhado. Era a vez da Maya ir para o chuveiro. Ela veio correndo, arrancando a roupa. Eu disse que o chão estava molhado? Pois é. A Maya deu um mortal e ficou, literalmente, de pernas para o ar. A cabeça foi em cheio nos trilhos do chuveiro. Corre pro médico, com a camisa empapada de sangue. Mais pontos, mais susto.
No colégio do Matheus, uma vez, a Maya caiu na escada. De quatro. Detalhe: ela estava de minissaia. Para sua sorte, ninguém passava no momento. E, na mesma época, eu e a Muri, uma amiga, presenciamos um dos tombos mais engraçados que já vimos: a Maya pulava nas tartarugas no meio da rua quando, do nada, quicou. Quicou, mesmo. Caiu de bunda e, num piscar, já estava de pé. Nem deu tempo de oferecer ajuda. Nada. Caiu e estava de pé. Hilário.
Outra vez saímos as duas, num domingo de Páscoa, de bicicleta, para desejar feliz páscoa a alguns amigos. A volta para a nossa casa era uma descida vertiginosa. Eu vinha pedalando na frente. Sou a mais velha, costumava ser mais atenta. Vi uma lobada à frente e gritei, enquanto freiava>
- Maya, quebra-molas. Vai com calma.
- Quêêêêê?!
Não deu tempo. A bicicleta dela bateu na minha e, enquanto me prensou e me levou ao chão, o impacto fez com que ela atravessasse a rua. Voando.
Mas nessa semana não. A Maya tentou se superar. Teve a capacidade de derrubar as chaves no telhado da garagem ao lado e foi buscar. O telhado cedeu. Ela caiu. Cerca de 4 metros. Caiu de costas, não podia andar. Conseguiu virar de bruços, rastejar até um pilar.
Mas, no telefone, ela me confessou. Não caiu. Ela queria era ver se ela era mesmo a Maya Poppins. Só esqueceu do guarda-chuva. Quem sabe na próxima...


6 comentários:

  1. Fala para a Maya que eu sempre quis ser a Mary Poppins também.
    rsrsrs
    Pensei que eu era a desastrada, mas acho que sua irmã ganha.

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  2. Sabe que relembrando o histórico familiar... fazia era tempo que a Maya não "aprontava"!!!!

    Dei muita risada!!!

    Beijos

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  3. 4 metros!? meee...
    É uma sobrevivente!
    Virei fã (guarda-chuva é para os fracos... hehehe)

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  4. Cara... lembrei do blog da Lari: os que usam guardachuva e os que nao usam...
    rssss... quando a gente pensa que Maynha não pode se superar ela vem e mostra que a gente tá errada... rssss... então, a partir de agora, não duvido de mais nada. Nadica de nada, viu, Maya? Não precisa se superar mais... rsssss
    Poleth, faltam... onze dias.
    :P

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  5. Oww!!!
    Só agora percebi: você quebrou a ordem!
    Eu contei no pipocaecocacola, sua irmã deu a versão dela e você... não quis contar a sua lá porquê?
    Oww!!!
    Descobri outra coisa que fiquei triste... mas muito triste, mas triste demais... minha filha da qual sou fã, a quem sigo em todos os blogs e flogs e outros ogs que eu saiba, não me segue. Não me segue. É, a vida é mesmo uma caixinha de surpresas. Tsc, tsc, tsc.
    E agora vou ter que voltar pra faculdade pra fazer jornalismo.

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  6. Bom, em minha defesa, não estava chovendo. Guarda chuva pra quê?
    haha
    E tem outra: a culpa não foi minha, é que o Red Bull que eu tomei estava vencido...
    haha de novo!
    Nossa, como é divertido inventar piadas para este acontecido!!!
    =D
    Hein, da primeira situação eu não lembro, mas eu lembro da casa da Tia Célia, onde eu caí no banheiro... A gente estava vendo peter pan, lembra? E a mãe mandou a gente tomar banho, e eu ganhei no par ou ímpar (pra variar)... hehe
    Daí, quando eu fui tomar banho, depois de você, eu era o peter pan, e ia pular da prancha... Mas eu ia voar, né.
    Não funcionou. =/

    E mãe, não podemos desistir assim, né?!?!
    Agora tenho que pensar em outras coisas para bater meu recorde... hehe
    Me aguarde!!!!!
    :p

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