sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Confissão



Eu penso em tudo o que a gente viveu e cada vez mais tenho certeza do quanto gosto de você. E confesso que tento entender a mim mesma, mas que eu sou complicada até para o meu próprio entendimento. Não tem um dia que não pense em você, fato. Mas eu conheço outras pessoas e me apaixono, diariamente. Paixões rápidas, efêmeras. E você continua ali. Marcando presença. Ou, na verdade, fazendo falta.
Depois dos acontecimentos de ontem, eu pensei muito. Pensei no rumo que estou tomando, ou no que não estou, porque estou sempre perdida. Pensei nas escolhas que fiz e nas que deixei para trás. Pensei no que me arrependo pelo que fiz e pelo que deixei de fazer.
Enfim, chego a um único denominador comum: a separação dos meus pais. Não, entendam, não culpo os meus pais. Acredito que, se as pessoas não estão bem, precisam buscar estar bem. Eu sei que, se o ponto crítico da minha vida é a separação deles, a culpa é toda minha por, 15 anos depois do acontecido, ainda não ter superado o ocorrido.
E, pensando nisso, vejo que, se sempre fugi de relacionamentos, se sempre procurei pessoas que não me ofereciam nada sério, talvez eu realmente tenha algum problema. Talvez só tenhamos ficados juntos tanto tempo porque é impossível estar com você e não sentir-se a pessoa mais especial do universo. Porque é cada dia mais, melhor. E porque você tenha feito muito mais esforço que eu.
Porque eu fujo de coisas mais sérias. Sempre fugi. Aprendi a me apaixonar várias vezes por dia e ser feliz assim. Aí, quando me pego pensando no que perdi por uma escolha lá atrás, me dói. Porque eu sei que, se eu pudesse realmente manter um relacionamento com alguém, um dia, eu queria que fosse como foi o nosso. E que a pessoa fosse como você.
Sim, torço por sua felicidade. Sempre. Mas tenho medo de ter jogado a minha fora. Mesmo assim, continuo evitando compromisso. Por que? Não sei. Espero que a psicóloga, que marquei para terça próxima, me responda. E me ajude. Porque assim, do jeito que está, eu não consigo. Não aguento.

Um comentário:

  1. Queria poder ajudar. Deixo isso com a profissional, e meu ombro para quando precisar ;)

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